Pedagogia Diferenciada e Desenvolvimento Curricular

Ficha de unidade curricular - Ano letivo 2017/2018

Código: PG_EE07
Sigla: PDDC
Secção/Departamento: Ciências Sociais e Pedagogia
Semestre/Trimestre: 2º Semestre
Cursos:
Sigla Anos Curriculares ECTS
PG_EE 4
Nº de semanas letivas: 15
Carga horária:
Horas/semana T TP P PL L TC E OT OT/PL TPL O S
Tipologia de aulas
Responsável: Sofia Gago da Silva Corrêa Figueira
Corpo docente: Luzia Mara Silva Lima Rodrigues

Língua de Ensino

Português

Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)

O objetivo principal desta unidade curricular é analisar criticamente a conceção de pedagogia diferenciada, em contraposição a outras pedagogias consideradas “inclusivas”, mas que, diante de um olhar mais crítico e atento, na verdade estruturam-se como soluções não inclusivas. Neste sentido, pretende-se que os estudantes sejam capazes de:
- Aprofundar conhecimentos sobre as teorias que fundamentam a diferenciação pedagógica e o desenvolvimento curricular,
- Analisar criticamente diversos discursos pedagógicos e tomar consciência das suas coerências e contradições, bem como dos dilemas éticos da profissão.
- Analisar criticamente o currículo, suas conceções e práticas, à luz do paradigma da inclusão.
- Aprimorar competências para o apoio ao desenvolvimento de culturas e práticas profissionais inclusivas, com ênfase na intervenção junto ao sistema educativo e à escola e seus atores, mais do que junto ao aluno e sua condição de deficiência.

Conteúdos programáticos

Pretende-se que este programa seja flexível e evolutivo: adaptações serão feitas em função dos interesses e das evoluções pedagógicas dos estudantes. Os conteúdos programáticos serão desenvolvidos à volta dos seguintes eixos:

I. Pedagogia diferenciada e diferenciação curricular: definição de conceitos.

II. Diferenciação curricular e pedagógica e exclusão: desafios da equidade e da inclusão.

III. A proposta de alteração do Decreto-Lei 3/2008, em fase de discussão pública, o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória e o Projeto de autonomia e flexibilidade curricular.


Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC

A pedagogia diferenciada parte da constatação que os alunos têm competências e formas de aprendizagem muito diferentes. A pedagogia diferenciada tenta dar resposta a esta heterogeneidade. Neste sentido os conteúdos programáticos incidem na compreensão da exclusão escolar interrogando o sistema educativo como um todo, sobretudo as conceções e práticas que se estruturaram historicamente como uma solução não inclusiva. Para tal, os conteúdos incidirão no estudo do currículo como um dos aspetos centrais que devemos levar em conta quando procuramos uma educação inclusiva.

Metodologias de ensino

O programa organizar-se-á em torno dos seus próprios conteúdos e será desenvolvido de forma contextual, não-linear. Para isso, os conteúdos serão ancorados na experiência dos alunos e a sua abordagem será expositivo-dialógicas, de forma a estimular a participação crítica e a comunicação aberta e constante entre professor e alunos.

O acompanhamento tutorial, pessoal ou em grupo, consistirá na orientação e organização do estudo sobre as temáticas a aprofundar, para além do esclarecimento de dúvidas delas decorrentes. Poderá ser feito presencialmente ou a distância.

Espera-se que cada estudante participe na discussão das questões em análise, bem como nos trabalhos propostos; (b) leia, analise e discuta os textos propostos; (c) execute os produtos de avaliação solicitados, evidenciando, com clareza e rigor, os conhecimentos adquiridos; (d) envolva-se no estudo/preparação para as atividades de avaliação.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da UC

Com as aulas expositivo-dialógicas pretende-se que os alunos se interroguem sobre os temas em discussão, analisando criticamente a sua experiência profissional e as realidades de diferentes escolas e contextos educativos, à luz das atuais conceções sobre equidade e inclusão.
Os saberes e as competências adquiridos pelos estudantes nos seus diversos contextos de vida são considerados recursos fundamentais. Pretende-se que os saberes a adquirir pelos estudantes sejam construídos em articulação com os saberes existentes.

Metodologia e provas de avaliação

A avaliação contínua incidirá sobre as sessões de trabalho, os processos utilizados e as produções académicas dos estudantes. Cada estudante deverá produzir um trabalho pessoal que consiste na análise crítica de uma realidade concreta existente (que pode ser uma escola, uma turma ou um professor de Educação Especial) explicitando, de forma fundamentada, como se dá a flexibilidade curricular e a diferenciação pedagógica naquele contexto.
O peso deste produto na classificação final atribuída a cada estudante é de 100%. A avaliação em exame incidirá sobre os textos referidos na bibliografia principal da UC.


Regime de assiduidade

75% assiduidadae

Bibliografia

Ministério da Educação/Direção-Geral de Ensino (2017). Alteração ao Decreto-lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro – Versão para consulta pública.
Ministério da Educação/Direção-Geral de Ensino (2017). Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho, Implementa o projeto de autonomia e flexibilidade curricular dos ensinos básico e secundário, no ano escolar de 2017-2018.
Ministério da Educação/Direção-Geral de Ensino (2017). Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória. Lisboa, Ministério da Educação/DGE.
Lima-Rodrigues, L. et. al. (coord.) (2007) Percursos de Educação Inclusiva em Portugal: Dez Estudos de Caso. Lisboa. FEEI/FMH Edições.
Nunes, C., Madureira, I., (2015) Desenho Universal para a Aprendizagem: Construindo práticas pedagógicas inclusivas, Da Investigação às Práticas, 5(2), 126 - 143.
Rodrigues, D. (2016) Direitos Humanos e Inclusão. Porto. Profedições.
Roldão, M.C. (2003) Diferenciação Curricular Revisitada: conceito, discurso e práxis. Porto. Porto Editora.
UNESCO (2015) Declaração de Incheon: Educação 2030: rumo a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e à educação para todos ao longo da vida.
UNESCO (2015) Rethinking Education: towards a global common good?

8– Outras referências:
Ainscow, M. (2016) Strugles for Equity in Education. London. Routledge.
Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) (2011). Educação inclusiva e educação especial – Indicadores-chave para o desenvolvimento das escolas: Um guia para diretores. Lisboa: DGIDC.
Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) (2008). Educação especial: Manual de apoio à prática. Lisboa: DGIDC.
ISEC2015Lisbon (2015) Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa.
ONU (2006) Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência.
Perrenoud, P. (2000). Pedagogia Diferenciada. Porto Alegre: Artmed.
Rodrigues, D. (org.) (2003) Perspectivas sobre a inclusão: da Educação à Sociedade. Porto. Porto Editora.
Rodrigues, D. (org.) (2003) Educação e Diferença: valores e práticas para uma Educação Inclusiva. Porto. Porto Editora.
Roldão, M.C. e Marques, R. (orgs.) (2000). Inovação, currículo e formação. Porto. Porto Editora.
Roldão, M.C. (1999) Gestão curricular: fundamentos e práticas. Lisboa. Ministério da Educação. Departamento de Educação Básica.
Slee, R. (2011) The Irregular School: exclusion, schooling and inclusive education. USA. Routledge.
Stoer, S., Rodrigues, D. e Magalhães, A. (2004). Os

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